quinta-feira, 3 de junho de 2010

É assim que deve ser!

Era uma vez uma árvore...

 ... que nasceu há mais de 200 anos numa cidade mediterrânica, num bairro que prosperava com mil e uma riquezas vindas do Magrebe, das Américas e do médio Oriente. Foi testemunha de histórias maravilhosas, foi sombra de muitos encontros, assistiu a guerras e casamentos.

Desejo falar contigo, ouvir-te mais do que falar, gostava de te abraçar longamente e receber a energia das tuas raízes profundas e tentaculares. Ficar assim a ouvir aquela sonata de Chopin que ouvi da primeira vez que te vi. Não me deixavam tocar-te estavas doente e os arames que te agarram o tronco e imobilizam o momento perpétuo contrariando o vento doem-me tanto... como se me perfurassem a carne. É assim que tens de viver agora eu sei presa aos muros de pedra do teu pátio morada. Mas tornaste-te mais um membro do meu corpo, da minha memória, de galinha comparada com a tua, Engrandeceste-me! Obrigada!

Em Helsinqui ou Helsingborg numa tarde de Agosto de 2007

É difícil encontrar paz quando estou numa cidade que me perturba ainda não a domino. Tenho pouco tempo de posse, de descobri-la, a cidade... provavelmente neste momento encontro-me especialmente descentrada... perdi o meu caminho e preciso desesperadamente de o re-encontrar.
Sentada no meu banco da catedral de Engels em Helsínquia, único lugar onde me encontro em silêncio comigo e com os outros, compreendo finalmente que não há melhor espaço, para mim, que o meu próprio espaço, pensado por mim e construído por mim para mim.
Tenho de romper a minha preguiça "preguissonça" e começar a arregaçar as mangas. e romper com outras coisitas também!